Correeiro
I
Ao longe segue
o correeiro.
Com os bois a
puxar o carro.
O barulho se
ouve ao longe.
Mas seu destino
é carrear.
Correeiro qual
seu destino.
O meu destino é
carrear.
Atendo os
Senhor dos Senhores.
Levando os
pedidos do seu falar.
Quando aos seus
bois que leva o carro.
São bem
tratados pra carrear.
O da esquerda e
o boi preto.
O da direita e
o boi branco.
E quanto ao
carro é de madeira.
Pois, no
passado se viu falar.
Madeira de lei
não se dissolve.
Com o passar do
tempo, do vento.
O correeiro que
vai ao longe.
Vai demorar pra
me vim buscar.
Mais seu pedido
já foi levado.
Aguarde agora o
se processar.
Desdobramento é
o necessário.
Pro correeiro
poder chegar.
Aprenda agora
com disciplina.
Pro correeiro
lhe carrear.
O
Correeiro II
O carreiro já
tem passado.
Com o seu carro
a lhe olhar.
Os ensinamentos
estão parados.
E o carreiro a
lhe esperar.
Buscai o
caminho do carrear.
Que ao longe,
muito longe.
Será necessário
lhe carrear.
Somente longe
podes encontrar.
O carro é do
carreiro, e boi.
É o seu canto
prá carrear.
O boi branco e
boi preto.
Estão sempre
prontos pra carrear.
Não aprendestes
o necessário.
Pro carreiro
poder parar.
O carreiro já
tem passado.
A tua espera
ele vai ficar.
Aprenda o canto
do carrear.
Para ouvir o
carreiro passar.
E boi, este é o
canto do carrear.
Boi do carreiro
é desdobrar.
A longe, muito
longe, vai carrear.
O caminhante,
já foi carreiro.
Mas a saudade
vai carrear.
Carreiro, e
boi, vai carrear